quarta-feira, 19 de junho de 2013

SERÁ QUE NÓS SOMOS UM MODELO PARA NOSSO PAÍS?

Cada dia que passa, procuro mais me inteirar das coisas que dizem respeito às pessoas com deficiência. Mas, da forma mais bruta possível, sem subterfúgios, pieguices, sem rebuscamentos, sem apologias, enfim, a forma direta e direta de ver, enxergar dirimindo minhas próprias dúvidas conceituais.
Nesse contexto, essa semana passou na televisão algumas situações que dizem respeito a nós, pessoas com deficiência física, o caso do alarme dispara quando um automóvel guiado por uma pessoa dita normal ocupa uma vaga destinada para automóvel de uma pessoa com deficiência. Vaga essa que não tem como ninguém dizer que estacionou por engano já que tem todas as sinalizações.
Achei uma ideia genial. É uma coisa simples, mas que certamente, dará resultado. Surtirá, sem sombra de dúvida, o efeito esperado e nós, da ADEFERN, já estamos pensando em copiar a ideia, a "bandeira boa a gente a gente com ela".
Mas, muito contente ainda fiquei quando na Rede Globo, o repórter fez uma referência a nossa Multa Moral, atitude que desenvolvemos aqui em Natal com a finalidade de inibir as pessoas inconscientes que ocupam as vagas destinadas aos automóveis de pessoas com deficiência e também idosos.
O mais absurdo é que temos encontrado táxis estacionados em nossas vagas. Quero dar um recado, fazer um desafio e perguntar aos meus companheiros com deficiência física que dirigem automóveis: Vocês já estacionaram numa vaga destinada ao Táxi? Invente para ver.
Se você não tiver cuidado e muito bom senso, pode ter certeza, dificilmente você sairá incólume.
Não tenho nada contra os taxistas, até entendo que a maioria são pessoas boas, pessoas do bem. Mas, também, é fato que muitos gostam de levar vantagem em tudo, como apregoa a Lei de Gerson.

Por falar em levar vantagem, dia desse, quando tive que participar de uma reunião na SEMOB, antiga STTU, para tratar de gratuidade e do número de passagem destinado para Pessoa com Deficiência, tive de estacionar no estacionamento destinado ao deficientes físicos em frente à SEMOB. E um "gaiato" que pensa que sabe de alguma coisa, um daqueles que eu conheço bem, veio me questionar.
Ao estacionar meu automóvel, se é que eu posso chamar de bichinho, ele é famoso "pois é" velho, pois é, é feio, mas é meu, pois é. E o gaiato teve a ousadia de dizer que o Símbolo Internacional de Acesso das Pessoas com Deficiência não tinha validade.
Não é preciso que eu diga o quanto fiquei bravo e  fiz ver que ele não estava falando com uma pessoa sem conhecimento da causa. Ele, querendo de certo modo se mostrar todo impoluto, bradou, para os que estavam ao redor, quanto ao Símbolo Internacional dizendo: "Agora, o que tem validade é a credencial que a SEMOB está distribuindo para as pessoas que tem deficiência e você tem que pegar a sua credencial no prédio ali ao lado". E me entregou um papel com a relação dos documentos que eu teria de apresentar no ato de fazer a credencial.
Soltei um breve sorriso e disse-lhe: Meu amigo, eu já tenho essa credencial, infelizmente, ela, no momento, ficou na ADEFERN. Mas, você nunca mais abra a sua bendita "boca" para dizer que o nosso Símbolo Internacional de Acesso não tem validade, isso é desrespeito e burrice.
Agora, vocês imaginem que o final dessa bendita confusão, ao pegar o papel, no verso do mesmo, sabe o que estava escrito? Era, simplesmente, a cópia de nossa Multa Moral, ideia que a SEMOB, na administração passada, quis passar para a sociedade em nosso Município.
Moral da História: "Quem não sabe brincar, não desce pro play"

José Odon Abdon
Presidente da ADEFERN

0 comentários: